Novidades nos impactos da atualização do Google que favorece sites mobile friendly

 

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Uma análise sobre uma das últimas atualizações do Google que prometeu impactar fortemente nos resultados de busca orgânica conhecido como O Mobilegeddon, como muitos têm falado, surgiu com a premissa de beneficiar sites mobile friendly em posicionamento, o que, segundo o porta-voz do Google Zineb Ait Bahajji, surtiria efeitos mais visíveis do que as grandes mudanças passadas, Panda e Penguin.

O Mobilegeddon, até então temido por muitos empresários e proprietário de sites, entrou em vigor mundialmente no dia 21 de Abril. Entretanto, até agora, nada havia sido divulgado de maneira concreta sobre os reais efeitos dessa atualização nas SERP.

Foi então que a consultoria Stone Temple, chefiada pelo escritor de “A Arte de SEO” Eric Enge, divulgou um estudo preliminar sobre o que mudou de Abril pra cá nos resultados orgânicos dos Estados Unidos. Vale ressaltar que nada parecido ainda foi analisado no Brasil e, portanto, os resultados que iremos expor abaixo podem variar um pouco no nosso país.

Metodologia

A metodologia utilizada é de simples entendimento, porém a interpretação dos resultados é um pouco mais complexa. A Stone Temple Consulting levantou dados dos sites posicionados nas TOP 10 posições para 15.235 termos de pesquisa antes do Mobilegeddon (na semana de 17 de Abril) e comparou com seus respectivos posicionamentos após a atualização (na semana de 18 de Maio).

Dentre os sites encontrados nos resultados orgânicos dessas buscas, havia sites tanto mobile friendly quanto não mobile friendly. E é nessa divisão que se baseiam as análises a seguir.

Resultados

Impacto Mobilegeddon

Enquanto os sites não mobile friendly sofreram quedas de posicionamento cerca de 2.3 vezes maior do que aumentos, os sites mobile friendly apresentaram um crescimento maior do que a queda.

Tendo isso em vista, podemos observar que realmente a atualização do Google balançou bastante os resultados da tão desejada primeira página.

Alguns ainda podem se questionar: se o número de quedas de posicionamento dos sites mobile friendly é bem próximo do número de aumentos (percentualmente), será que o impacto foi tão grande assim?

Na verdade, sim. Isso porque temos que ter em vista que na coleta de dados de Abril, apenas sites posicionados nas 10 primeiras posições foram considerados. Ou seja, a possibilidade de perda de posicionamento é muito maior do que de ganho de posições (você poderia despencar infinitamente, mas não pode subir mais de 9 posições), além de que das 15.235 URLs que apareceram na 1ª posição, 70% delas eram mobile friendly (e elas só poderiam cair).

Portanto, analisando por esse ponto de vista, apesar das considerações de outro porta-voz do Google, Gary Illyes, dizendo que o robô do Google ainda faz a leitura de sites Desktop para apresentar resultados no mobile, os dados mostram que o fato de um site ser mobile friendly influencia sim no posicionamento.

Outro ponto de vista

A Stone Temple Consulting, em complemento aos resultados apresentados acima, também analisou a aparição de novos sites nas TOP 10 posições para suas 15.235 pesquisas e observou dois pontos interessantes:

1. Na primeira coleta de dados, o total de sites não mobile friendly era de 56.164 site (o que representava 36.9% dos sites). Já na segunda coleta, em Maio, esse número caiu para 54.162 (35,6%).

2. Seguindo a mesma linha, de início havia 96.186 sites mobile friendly posicionados (63,1%). Já na segunda coleta, encontraram 98.188 sites (64,6%).

Isso quer dizer que: apesar dos percentuais apresentados acima sobre a subida e a descida dos sites monitorados em Abril, olhando para os resultados das TOP 10 posições em Maio exclusivamente, observamos de fato apenas 1,3% de crescimento de sites mobile friendly nas primeiras páginas.

Isso gera um conflito na interpretação dos dados. Através do monitoramento dos sites de Abril, nos parece que o impacto do Mobilegeddon é muito mais relevante do que se observarmos os sites posicionados nas TOP 10 posições de Maio isoladamente. Ou seja, muitos dos sites não mobile friendly que perderam posições com a atualização foram substituídos por outros site também não mobile friendly.

Só para lembrar ainda não há estudos sobre esse impacto no Brasil. Em breve teremos novidades.

Michele Barboza